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O novo ciclo global e a nossa tarefa

É notória a vida do planeta em ciclos que se modificam de tempo em tempo. 2025, segundo os estudiosos, videntes, assemelhados e até charlatães (que também fazem parte do processo) deverá ser um ano de grandes mudanças globais. Começou no ano passado com as mudanças climáticas que impuseram grandes incêndios ao hemisfério norte e as cheias ao sul – especialmente no Rio Grande do Sul (Brasil) e segue com as ondas de frio ou calor que nos tiram da vida a que estamos acostumados. Precisamos nos aclimatar.
A eleição de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos Estados Unidos – grande potência da economia mundial, levou aquele país a forçar mudanças em todo o planeta. O aumento dos tributos no comércio dos EUA com 180 nações é uma revolução. Houve quem a classificasse como guerra econômica e os mais catastróficos que acreditaram ser o estopim da 3ª Guerra Mundial, o que, felizmente, não se confirmou. Nos últimos dias, o mercado acalmou-se com a disposição tanto dos EUA quanto da China, Rússia e outras potências econômicas à negociação. E isso vai acontecer.
A morte do papa Francisco é outro fator de virada de ciclo. Durante os 13 anos do seu pontificado, foi ele uma voz dedicada à negociação de questões sociais e humanitárias. Deu o peso da Igreja para a solução de graves problemas. Agora será substituído por outro cardeal, possivelmente alguém que ele próprio colocou nos altos escalões da instituição. O planeta espera que tudo se dê da melhor forma e aponte para a paz.
No rebuliço mundial estabelecido principalmente na economia, cada país resta com grandes tarefas para poderem continuar garantindo sua posição no mundo globalizado. O Brasil é um deles que tem como desafio grandes demandas e necessidades de reformulação de conceitos. Nossa democracia sofre múltiplos questionamentos, os Poderes da República acumulam divergências e desconfortos que não servem ao bem-estar da população composta por mais de 200 milhões de patrícios. As lideranças – principalmente as políticas – sofrem contestações e têm de se reinventar para não morrer.
A esperança de todos nós, brasileiros, reside hoje no Congresso Nacional, composto pelo Senado de 81 senadores e Câmara de 513 deputados. Depois de décadas de baixo prestígio, o Parlamento recuperou sua boa imagem ao eleger os atuais presidentes das duas casas legislativas. Agora a esperança é que ambos atuem à altura das responsabilidades colocadas sobre seus ombros e, com a força de quem tem a atribuição de fabricar leis, possam fazer o melhor pars que o Brasil readquira o equilíbrio entre os Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). Que cessem os arroubos do Executivo e do Judiciário sobre o Legislativo e que o Legislativo sepulte em definitivo a síndrome de vira-latas que o acometeu por um bom tempo e enfraqueceu sua imagem. Vivemos um momento em que as variáveis sociais, políticas e econômicas apontam para a construção de uma nova e vitoriosa realidade. Novas lideranças começam a surgir e poderão fazer das eleições de 2026 o moderno divisor de águas para os brasileiros. Oxalá tudo se concretize.
Não devemos nos esquecer que a virada de ciclo é mundial e nós, os brasileiros, temos uma grande tarefa. Afinal, o nosso País é a maior economia da América do Sul e o mais justo é que lidere o continente. A Argentina, que viveu tempos difíceis, está demonstrando recuperação e um novo milagre econômico. O pequeno Uruguai surfa rumo ao desenvolvimento. Outros países da área nem tanto, mas todos têm à frente uma longa agenda a cumprir. Que o Brasil seja capaz de liderar esse processo, para o bem e a felicidade geral. Cada cidadão com alguma parcela de poder ou influência pode ajudar nisso. Não se omita, por favor…

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo).