Depois que Javier Milei ganhou a eleição presidencial na Argentina e em pouco mais de um ano de governo, dominou a inflação galopante que derretia a Economia do vizinho país, outra nação sulamericana se prepara para, possivelmente também ter um governo libertário.
O legislador Johannes Kaiser, de 49 anos, membro da Câmara Menor, está subindo nas pesquisas antes da eleição presidencial de novembro em meio a preocupações crescentes com o crime e a imigração. Ele foi chamado de “Gabriel Boric da direita” — talvez porque, como o jovem presidente do Chile, usa barba e tem feito seu nome criticando o establishment político do país. Mas o próprio candidato se diz diferente do presidente, afirmando que para chegar onde está trabalhou em diferentes ramos, enquanto Boric foi apenas líder estudantil e elegeu-se com seu ativismo.
Argentina e Chile são dois vizinhos bastante ligados ao Brasil tanto por laços históricos como pela atuação política e econômica do ultimo século. A eleição de Milei na Argentina e sua política econômica antagônica à empregada por Lula no Brasil tem distanciado de nós aquele país; o maior sintoma desse afastamento é a mudança para o Chile do fluxo de turismo de brasileiros que durante anos levou nossos patrícios a passear por terras portenhas. Agora, o destino preferencial é o Chile.
O termo “libertário” designa pessoas, correntes políticas, movimentos sociais, estruturas, organizações, etc., que propõem a liberdade individual e coletiva e/ou seguem o Libertarismo, em contraposição ao Estado, como valor fundamental e que, consequentemente, rejeitam o autoritarismo na organização da sociedade. É algo diferente das tradicionais Esquerda e Direita, vigentes desde a Revolução Francesa, que polariza a política e, muitas vezes, em vez de ajudar, prejudicam o desenvolvimento. Libertário pode ser tanto de um lado quanto do outro e preferencialmente não devem ser radicais. Em 1796, libertário passou a significar “defensor da liberdade”, especialmente nas esferas política e social. O termo “libertarismo” foi introduzido por teóricos anarquistas franceses no século XIX, que defendiam a liberdade individual.
O movimento libertário desenvolveu-se nas últimas décadas por França, Brasil, Alemanha, Japão, Bélgica, Espanha, Egito, Estados Unidos, Iugoslávia, Chile, Canadá, Tchecoslováquia, Mas isso não é indicativo de que domine correntes políticas desses países, pois para tanto é necessário ganha as eleições, como fez Milei e as pesquisas indicam que poderá ocorrer com Kaiser.
Argentina e Chile têm a história permeada de instabilidades políticas. Ambos viveram períodos de liberdade e outros de ditaduras. Ultimamente a Argentina teve governos de esquerda, que Milei derrubou nas urnas e o Chile tem presidente comunista moderado, que o libertário também projeta bater no voto. O Brasil – que também já viveu pelo menos duas ditaduras, hoje padece da polarização Esquerda-Direita. Assim como vários outros países, sofremos influências dos novos tempos políticos. A “revolução” política e econômica que o novo presidente norteamericano, Donald Trump vem espalhando pelo mundo é um dos componentes desse novo quadro.
Todos os povos esperam por boas mudanças políticas em seus países, especialmente na finalização da briga entre as estremas (Esquerda e Direita). aquí no Brasil, notadamente, o desejavel é cessarem as desavenças entre lulistas e bolsonaristas. Direita e esquerda tiveram utilidade há três séculos, quando a maioria dos países era governada por reis, no parlamento, colocavam seus aliados sentados à sua direita e os adversários à esquerda. Com o passar dos tempos, ambos os lados realizaram seu trabalho e hoje, salvo melhor juízo, estão com a utilidade cumprida e sem função. Talvez, por isso, hoje brigam diariamente. Que, em vez de realizar gestões para prejudicar o adversário, as lideranças tratem de defender os próprios interesses. Assim poderão servir melhor ao País e a povo. Todos os políticos – – esquerda, direita, libertários ou não – precisam atentar para o dever que têm de cumprir a Constituição e as leis. E lembrar todos os dias que quando cumprem as leis, não fazem favor algum ao povo. Apenas resgatam a promessa de trabalho que fazem na hora em que pedem o voto. O governo que cria facilidade para o povo – trabalho, saúde, segurança, moradia e outros – não faz favor algum. Isso tem de ficar cristalinamente claro, pouco importando que partido ou tendência política estejam no poder. O ideal do sistema político hoje almejado para atender os interesses da sociedade terá que ser objetivo, moderno , dinâmico e honesto em todos os sentidos. Esquerda, direita e mesmo centro pouco ou nada representam. A máquina político-administrativa deve estar sempre voltada para a atual necessidade do País e do povo.
A Notícia Precisa
Você também pode gostar
Só a verdade pode pacificar a Nação
Anistia a 8 de janeiro mobiliza o Congresso
O batom e a estátua: Corte de Justiça ou sanha inquisitória?