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Circos – Festival Internacional Sesc de Circo

chega à 8ª edição de 8 a 24 de agosto

Programação passa pelas quatro regiões da cidade e ocupa 14 unidades do Sesc e seis espaços públicos com 40 espetáculos, além de intervenções e atividades formativas com artistas de nove estados brasileiros e representantes de 21 países

Venda de ingressos on-line e presencial a partir das 12h do dia 25/7 no aplicativo Credencial SescSP, no portal e nas bilheterias das unidades

Fotos e vídeos para imprensa

De 8 a 24 de agosto, a cidade de São Paulo recebe a 8ª edição do CIRCOS – Festival Internacional Sesc de Circo, reafirmando a linguagem como espaço de escuta, memória e resistência. Com curadoria voltada à pluralidade de vozes e estéticas, o evento consolida-se como um dos principais encontros da produção circense contemporânea no mundo reunindo artistas de nove estados brasileiros e representantes de 21 países.

Ao longo de 17 dias, o festival bienal ocupará as unidades 14 Bis, 24 de Maio, Avenida Paulista, Belenzinho, Bom Retiro, Carmo, Consolação, Galeria (futura unidade), Ipiranga, Interlagos, Pinheiros, Pompeia, Santana e Vila Mariana e mais seis espaços públicos da capital paulista.

“O Sesc reitera seu compromisso com a vitalidade da cena contemporânea e destaca as diversidades culturais, técnicas e geográficas de produções nacionais e internacionais. Com uma programação voltada para variados públicos, o festival propõe incentivar tanto a aproximação com essa linguagem quanto o hábito de participação em espetáculos, intervenções, instalações, além de atividades formativas”, diz o Diretor do Sesc São Paulo, Luiz Galina. 

A abertura será no Sesc Vila Mariana com o espetáculo Moya, do grupo sul-africano Zip Zap Circus. A montagem celebra, com acrobacias, malabarismo, trapézio, dança tradicional sul-africana e música ao vivo, a história de Jacobus Claassen, conhecido como Trompie, que viveu nas ruas da Cidade do Cabo até encontrar refúgio e propósito na escola de circo social.

Entre os destaques da programação, a curadoria desta edição coloca em foco o envelhecimento dos corpos circenses. Montagens como Glorious Bodies (Circumstances, da Bélgica) e Vetus Venustas (Cíclicus, da Espanha) apresentam artistas que investigam a memória do corpo e suas transformações, a gravidade, a estabilidade, a resistência, sua beleza e poder.

Já Circo Science – Do Mangue ao Picadeiro, da Trupe Circus (PE), homenageia o legado do cantor e compositor Chico Science (1966–1997) e a representatividade de corpos dissidentes no picadeiro, por meio de uma linguagem híbrida que une circo, música e cultura popular. O espetáculo é fruto da pesquisa identitária do coletivo pernambucano formado por jovens oriundos da Escola Pernambucana de Circo, um dos circos sociais mais antigos do Brasil.

A programação inclui obras que abordam o circo como lugar de resistência e acolhimento. Memorável-Histórias Notáveis, do grupo Palhaços Sem Fronteiras, compartilha experiências em zonas de conflito e vulnerabilidade, enquanto os artistas suecos de Knitting Peace questionam a busca por paz e harmonia em um mundo entrelaçado por desafios globais. A ludicidade tem espaço garantido em Artifaces, um encontro de mágicos com produções criadas especialmente para o festival.

A memória do circo é celebrada, com destaque para Mina – Corpo Multidão, uma homenagem à historiadora e pesquisadora Ermínia Silva (1954–2023). A performance reúne 37 mulheres e pessoas não binarias em um tributo à trajetória feminina nas artes circenses. Nesta linha, o festival inova com passeios de turismo social com intervenções artísticas, percorrendo locais históricos com roteiros conduzidos por artistas circenses por lugares como o Centro de Memória do Circo, discutindo a participação desta linguagem na formação da cidade e no senso de pertencimento de seus cidadãos.

A valorização do espaço urbano como território artístico se destaca em diversos espetáculos. Ponto de Partida – Travessia explora a técnica do funambulismo, que consiste em caminhar sobre um arame ou uma corda a partir de uma posição elevada. A artista J​​essica Lane vai fazer a travessia entre a futura unidade Sesc Galeria e o Theatro Municipal. Já na intervenção suíça Panorama Kino Theatre, os espectadores, no interior do minicinema giratório, assistem a pequenas ações, e cenas que acontecem do lado de fora, realizadas por artistas e público.

Entre as novidades desta edição, está a Gira Latina, com 11 solos de artistas brasileiros, da Argentina, da Colômbia e do México – trabalhos que se conectam pela transversalidade de pesquisa da linguagem cênica – e o Cena Expandida, que promove 5 performances seguidas de debates, fomentando intercâmbio artístico e reflexões sobre a cena circense contemporânea.

Integrando a Temporada França-Brasil 2025, parceria entre os países que realizará mais de 300 eventos pelo país em diversos formatos, o coletivo francês XY apresenta a performance interativa Les Voyages no Parque da Independência, convidando o público a ser “carregado” simbólica e fisicamente pelos artistas. Já o Circus Baobab leva ao palco do Sesc Vila Mariana Yongoyely, espetáculo inspirado no legado da ativista guineense M’Balia Camara (1929–1955), que reflete sobre a condição e o lugar das mulheres na sociedade africana. Em performances de acrobacia e dança, os artistas utilizam como equipamento principal pequenas toras de árvores guineenses que assumem múltiplas funções: mastro chinês, barra russa e até mesmo uma corda para equilibrista.

O festival reafirma a importância do circo como ferramenta de transformação social, trazendo corpos diversos e narrativas que provocam e mobilizam: artistas jovens e com longas trajetórias, coletivos LGBTQIAPN+, comunidades periféricas, indígenas e afro-diaspóricas. A programação do festival tem atividades para todas as idades. Contudo o diálogo com o público adulto é enfatizado, incentivando reflexões críticas sobre temas como pertencimento, envelhecimento, inclusão, fronteiras, meio ambiente, memória e as perspectivas das artes circenses na atualidade.

Sobre o Sesc

Com mais de 78 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 43 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações para promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, além de toda a sociedade. Mantido por empresas do setor, o Sesc é uma entidade privada que atende cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Para mais informações, acesse o portal: sescsp.org.br  

Serviço:

CIRCOS – Festival Internacional Sesc de Circo

De 8 a 24 de agosto de 2025

sescsp.org.br/circos

Venda de ingressos on-line e presencial

A partir das 12h do dia 25/7 no aplicativo Credencial SescSP, no portal e nas bilheterias das unidades

Unidades do Sesc: 14 Bis, 24 de Maio, Avenida Paulista, Belenzinho, Bom Retiro, Carmo, Consolação, Galeria (futura unidade), Ipiranga, Interlagos, Pinheiros, Pompeia, Santana e Vila Mariana.

Espaços Públicos:

Bulevar do Rádio, Centro de Memória do Circo, Museu do Ipiranga, Parque da Independência, Praça da Sé e Theatro Municipal

Evento organizado no âmbito da Temporada França-Brasil 2025

Organizadores: République Française, Institut Français, IGR – Instituto Guimarães Rosa, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Cultura, Governo Federal Brasil

Apoio: DG Artes – Direção-Geral das Artes, Prohelvetia – Fundação Suíça para a Cultura, Sustenidos – Organização Social de Cultura, Museu do Ipiranga – USP, Centro de Memória do Circo, Fundação Theatro Municipal, Secretaria do Verde e Meio Ambiente, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Prefeitura de São Paulo

Realização: Sesc São Paulo