O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou que vai cobrar dos prefeitos das cidades do Alto Tietê projetos de drenagem das águas de chuva, o que, segundo ele, evitaria as constantes enchentes na região.
Pelo Estatuto das Cidades, que é uma lei federal de 2001, o Plano Diretor de cada município deve conter, entre outros mecanismos, “medidas de drenagem urbana necessárias à prevenção e à mitigação de impactos”. Mas o governador disse que esses planos não existem ou estão desatualizados. Das 645 cidades do estado de São Paulo, apenas 130 possuem planos de drenagem, desatualizados na maioria.
Para debater o assunto, o governador Tarcísio convocou uma reunião no dia 3 de fevereiro, no Palácio dos Bandeirantes, com a presença de 53 prefeitos. O Alto Tietê foi representado pelo Condemat, com os prefeitos Eduardo Boigues, de Itaquaquecetuba; Carlos Chinchila, de Santa Isabel; Pedro Ishi, de Suzano; e Saulo Souza, de Poá.
O governador pediu que os municípios implementem planos de drenagem e, para isso, as prefeituras poderão acessar R$64 milhões do Fundo Estadual de Recursos Hídricos ( Fehidro) para desenvolver projetos básicos e obras de drenagem.
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, falou sobre dois projetos para o Alto Tietê em 2025: um, no valor de R$1,6 milhão para elaboração de plano de drenagem em Ferraz de Vasconcelos, e outro no valor de R$7,5 milhões para o plano de Itaquaquecetuba. Das cidades da região, apenas Suzano e Arujá possuem planos de drenagem atualizados. Poá possui o plano, feito em 2018, mas se encontra desatualizado.
Os pedidos de Poá
O prefeito de Poá, Saulo Souza, já havia mantido contato com o governador sobre esse assunto durante uma reunião realizada na manhã de 2 de fevereiro no gabinete do prefeito. Estiveram presentes o prefeito de Suzano, Pedro Ishi; o vice-prefeito de Ferraz, Daniel Balke; o vice-prefeito de Poá, Eliardo Jordão; o diretor da Defesa Civil do Estado, Capitão Eduardo Henrique Schulte Leme, além de vereadores e secretários.
Através de uma ligação telefônica, Saulo e o governador conversaram e Saulo pediu uma gestão de custo compartilhada para limpeza e desassoreamento do piscinão da Vila Romano, obras no Córrego Itaim e apoio para as famílias retiradas de suas casas nas áreas de risco na Nova Poá e Jardim São José. Sobre a ajuda humanitária, o governador enviou para Poá 50 cestas básicas, 50 colchões, 50 travesseiros e 50 kits de limpeza pela Defesa Civil, e 50 cestas, 100 cobertores e caixas com roupas e calçados do Fundo Social de Solidariedade.
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