Poá atravessa um dos piores momentos de sua história. Perdeu o título de estância, postos de saúde, escolas e creches funcionam precariamente, lojas fechando, muito abandono, população desanimada e sem esperança em dias melhores.
Nesse cenário pessimista, a única atitude que pode tirar Poá do caos é uma demonstração de amor pela cidade, com os poaenses se dispondo a resgatar o que foi perdido. Com esse intuito, o empresário Lucas Cardoso está colocando seu nome para avaliação da população como candidato a vereador.
Escolheu a Vila Varela onde instalou sua empresa Valentina Brinquedos, que leva o nome de sua filha. Ele também é o pai do Salatiel. Para Lucas, seria cômodo cuidar apenas da empresa, mas, diante de tantas adversidades que Poá enfrenta, resolveu sair em defesa da cidade. Como pai, sente na pele a falta de políticas públicas voltadas para crianças e jovens, principalmente da periferia.
Ele integra a diretoria da Acip – Associação Comercial e Industrial de Poá e dá palestras motivacionais sobre empreendorismo e empregabilidade a jovens, mostrando a eles como ser vitorioso na vida, baseado em sua própria história de superação.
Da miséria ao sucesso
Lucas Cardoso teve um passado de muitas dificuldades e necessidades. Seu pai deixou a família quando ele era muito pequeno e sua mãe, uma mulher guerreira que fez o papel mais difícil de uma família foi à luta com dignidade, trabalhando como diarista. Saía de casa às quatro da manhã e retornava às 18 horas, deixando os filhos sozinhos, mesmo assim, conseguiu criá-los e educá-los. Era Lucas, com 7 anos, que cuidava do irmão de 5 anos. Aos 12, começou a trabalhar e aos 14 virou office-boy no bairro de Santana, na Capital, fazendo uma difícil viagem todos os dias.
Depois trabalhou em lava-rápido, foi ajudante em oficina e manutenção de impressoras, entre outros serviços, e casou-se aos 19 anos. Aos 22, quando sua esposa estava grávida, perdeu o emprego e precisou se reinventar para garantir o sustento da família. Vendeu balas e chocolate no trem; depois trabalhou com camas elásticas, piscinas de bolinhas, gangorras e escorregadores. Nesta última empresa, seu talento como empreendedor aflorou e ele comprou 10 gangorras para fazer renda extra. Logo depois saiu dessa empresa e enfrentou mais uma atribulação. Uma forte enchente em Poá, de oito anos atrás, aquela que arrastou o quiosque da Kibon, inundou a casa da avó de sua mulher, onde eles moravam no Conjunto Alvorada. A água chegou a um metro e meio, destruindo tudo.
Mesmo desolado, nasceu nele o desejo de entrar para a política para diminuir o sofrimento do povo. Mas precisou correr atrás do sustento através de sua pequena empresa, trabalhando das 3 da manhã até meia-noite. Embora totalmente voltado ao trabalho, observava o descaso dos governos que entravam e saíam sem que nada melhorasse na cidade.
Por causa de seu empenho e sua perseverança, hoje sua empresa está instalada em uma área de seis mil metros quadrados, com 120 funcionários, que ele trata por colaboradores, sendo 27 jovens estagiários. Além disso, ainda realiza ações sociais e ministra palestras a jovens, ensinando como superar todas as dificuldades, assim como ele fez. Poderia ter seguido o mau caminho, mas procurou o caminho certo e hoje, aos 29 anos, decidiu se lançar vereador para partilhar suas experiências, desafios e conquistas, ensinando jovens a também serem bem sucedidos, mesmo que venham de origem muito humilde como ele.
Embora tenha trilhado sozinho o caminho das pedras, quer ser vereador para orientar e guiar os jovens poaenses na conquista do sucesso profissional, e não para ficar em grupos atrelados e silenciosos diante do sofrimento da cidade. Lucas é um exemplo de resiliência, competência e visão. É isso que Poá precisa.
O trabalho de Lucas pode ser conhecido no Instagram lucas.cardoso.silva.
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