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Tributo Adoniran Barbosa & Cartola

A badalada casa noturna Blue Note localizada no Conjunto Nacional, Avenida Paulista, São Paulo, ficou literalmente tomada por um público “In”, no último dia 5 de agosto, para curtir o grandioso show musical “Tributo a Adoniran Barbosa & Cartola”, apresentado pelo renomado artista Matheus Marê.
Durante a apresentação Matheus foi contando um pouco da vida de cada um relacionando ao repertório de suas músicas.
Para ele, Adoniran Barbosa e Cartola são dois dos maiores nomes da história do samba, mas representam universos distintos e complementares da música brasileira. Enquanto um traduziu a vida urbana e as histórias de uma São Paulo em transformação, o outro foi à voz poética do morro carioca.
E por aí se foi noite adentro arrancando aplausos e levando o público ao delírio com seu repertório escolhido especialmente para o público exigente da noite paulista.
Continua Matheus: Conhecido como o “pai do samba paulista”, Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato, nasceu em Valinhos, São Paulo. Sua música é um retrato vivo da capital paulista, especialmente dos bairros de imigrantes, como o Bixiga.
Adoniran tinha um estilo único, com uma dicção característica que misturava a forma de falar do povo simples com uma boa dose de humor e ironia. Suas canções, muitas vezes, contam pequenas histórias de personagens do cotidiano, como os malandros e os operários. Músicas como “Saudosa Maloca,” “Trem das Onze” e “Tiro ao Álvaro” são verdadeiras crônicas musicais, repletas de um lirismo que capturava a alma da cidade.
Já para falar de Cartola, referiu ser a voz poética da Mangueira. Angenor de Oliveira, o Cartola, nasceu no Rio de Janeiro e é considerado por muitos como o maior sambista de todos os tempos. Ele foi um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, uma das escolas de samba mais tradicionais do carnaval carioca.
Diferente de Adoniran, que era um contador de histórias, Cartola era um poeta. Suas letras são marcadas por uma melancolia elegante e um romantismo profundo. Ele falava de amor, de saudade, de injustiça e da beleza da vida no morro. Sucessos como “As Rosas Não Falam,” “O Mundo É um Moinho” e “Preciso me Encontrar” são obras-primas que transcendem o samba e se tornaram joias da música popular brasileira, com uma profundidade lírica que é difícil de igualar.
Afinal, quem foi se deliciou querendo mais, pois o carisma e talento de Matheus Marê conquistaram mais fãs e a noite voo sem todos perceberem o tempo passar por causa do bonito espetáculo musical proporcionado pelo artista e seu grupo musical. Parabéns Matheus!

Por Matheus Marê