Jornal Novo São Paulo Online

A Notícia Precisa

Responsável pela elucidação do caso, Delegado Eliardo avalia condenação de pai que matou filhos adotivos

Ricardo Reis de Faria Vieira, preso no dia do crime, pegou 67 anos de prisão por tripo homicídio qualificado

O crime que ganhou repercussão nacional vem 2021 com a morte de três crianças carbonizadas em Poá teve seu desfecho no último dia 23, com a condenação a 67 anos de prisão do autor e pai adotivo das vítimas, Ricardo Reis de Faria Vieira. Responsável por elucidar o caso e pela prisão do acusado na época, o Delegado Eliardo, que atualmente é candidato a vice-prefeito ao lado de Saulo Souza (PP) na disputa pela prefeitura da cidade, avaliou o resultado do julgamento e classificou a pena como justa.
Um dos pais adotivos das duas crianças, Gabriel, de 9 anos, e Lorenzo, de 2, e da adolescente Fernanda Verônica, de 14 anos, mortos carbonizados em um incêndio dentro de casa na região central de Poá, Vieira foi apontado como o responsável pelo crime, conforme inquérito policial presidido pelo Delegado Eliardo e que tramitou na circunscrição da Delegacia de Polícia de Poá.
A prisão do criminoso foi pedida pelo Delegado Eliardo no mesmo dia do crime em função de inconsistências no seu depoimento. “Na época foram realizadas duas perícias no local para saber onde começou o fogo, além da coleta de depoimentos. O acusado sugeriu três possibilidades para o início das chamas. Chamou nossa atenção também o fato do quarto das vítimas estar trancado e do bebê, que normalmente não dormia naquele cômodo, estar no local”, detalhou.
Para ele, a condenação foi justa em razão da gravidade do crime. “Foi um caso que chocou a população e ganhou destaque não apenas na região, mas no Brasil. A justiça foi feita e nós ficamos satisfeitos em saber que o trabalho de investigação feito pela Delegacia de Poá foi essencial para a solução desse crime”, finalizou.
Outros casos
Além do caso envolvendo a morte das crianças, outros crimes foram solucionados e prisões efetuadas a partir da atuação da Polícia Civil de Poá, como a de uma das principais lideranças de uma importante facção criminosas do Brasil em um condomínio de luxo em Mogi das Cruzes.
A ação foi um desdobramento da Operação Eclesia, realizada entre 2022 e 2023 e comandada também pelo Delegado Eliardo. O trabalho de investigação, que durou quase um ano, combateu os crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, jogo de azar e porte ilegal de arma de fogo.
A megaoperação resultou na prisão de 57 criminosos integrantes do PCC, no cumprimento de 70 mandados de busca e apreensão domiciliar, três flagrantes de tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e munição, além da apreensão de dois fuzis, mais de 30 quilos de droga, sete camisas com o logo da Polícia Federal, aproximadamente 30 celulares, centenas de munições e a quantia de R$ 23 mil
O trabalho de investigação realizado pela Delegacia de Poá e liderado pelo Delegado Eliardo rendeu elogios por parte da juíza da Vara Criminal da cidade na época e do então ouvidor das Polícias do Estado, além de ter sido objeto de homenagem do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Poá.