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Poá sob ataque: de Estância a Cracolândia

Por mais absurdo que possa parecer, a realidade de Poá nos dias de hoje é ser uma cidade invadida por ‘noias’, que estão causando todo tipo de problemas aos moradores e comerciantes.
Segundo o que foi apurado, a maioria desses desocupados usuários de drogas vem de Itaquaquecetuba, expulsos de lá devido à ação enérgica do prefeito Eduardo Boigues no combate à criminalidade.
Encontraram em Poá o lugar ideal para fazer os roubos e furtos: muitos prédios públicos abandonados pela Prefeitura, uma polícia inexistente, uma Câmara sem defensores da cidade.
A cada dia aumenta o número deles vagando pelas ruas, até em grupos, imundos, roubando lojas, arrombando casas, vasculhando o lixo, coagindo comerciantes, pedindo comida aos moradores, usando as ruas como banheiro, assustando a população com seus ataques.
Ruas que sempre foram tranquilas agora sofrem com a ação desses elementos, porque não são inofensivos, são ladrões que estão atacando Poá de dia, de noite, de madrugada.
A cidade está acostumada a fazer coleta seletiva por conta da Cruma, mas o que está acontecendo é diferente de recolher papelão, latas e vidros. Até o trabalho dos coletores está sendo perturbado pela ação dos noias. A Ecoloja da Praça da Bíblia precisa esconder a reciclagem que recebe, e mesmo assim, ainda tem as bolsas de coleta roubadas pelos ‘noias’ que perambulam pela praça roubando celulares dos frequentadores.
Em pleno Centro da cidade, a funcionária de uma loja foi ameaçada com faca por um deles, nos restaurantes entram e ficam pedindo comida para os clientes e querem usar o banheiro; se não deixam, ficam agressivos, aterrorizando as pessoas. Quase todos os comerciantes poaenses tem um caso para contar.
Ao invés de proteger a população, a Prefeitura abriu ainda mais a cidade aos ataques, permitindo a instalação de ferros-velhos até em ruas residenciais, o que no passado foi uma atividade proibida na cidade por servir de receptação de objetos roubados. Lá, os ‘noias’ vendem o que encontram pela frente, baterias e para-choques de carros, torneiras, câmeras de segurança, e o que é pior, passaram a arrombar as casas para levar o que conseguirem. Entram nas casas até com moradores dentro, levando pânico à população.
Nesta semana, moradores, comerciantes e taxistas assinaram um abaixo-assinado pedindo à Prefeitura que não autorize o funcionamento de um ferro-velho no centro da cidade devido aos muitos problemas que estão sendo causados aos moradores. Essa é uma lei que precisa ser revista, o ideal é que ela deixe de existir, como no passado.
A Casa da Estação está invadida por eles, virou moradia, sem que haja nenhuma reação por parte das autoridades. E aí, Polícia Militar, Delegacia de Polícia, GCM, Câmara de Vereadores, Prefeitura, vão deixar mesmo Poá virar a cracolândia ou vão continuar fazendo de conta que nada está acontecendo?