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Poá pode perder recursos da Cultura

A conselheira municipal de políticas culturais, Gisele Magalhães, se declarou muito preocupada com os rumos da Cultura em Poá depois que participou de uma reunião virtual no dia 24 de outubro com o diretor de Cultura Diogo Dantas e o vereador Edinho.
Gisele pediu esclarecimentos sobre a execução das leis Paulo Gustavo e PNAB (Política Nacional Aldir Blanc). O diretor Diogo Dantas disse que, ao ser questionado pelo secretário Admilson Lopes sobre a PNAB, respondeu “não ter pernas para tanto” por estar sobrecarregado com a implantação da lei Paulo Gustavo. Assim, Poá pode perder os recursos previstos para 2024, com a Secretaria devolvendo R$749.310, 56 e podendo perder mais de 3,4 milhões da Aldir Blanc.
Esses valores estão disponíveis desde o ano passado na conta do município, só podendo ser utilizados se a documentação exigida for elaborada, o que ainda não foi feito, apesar das cobranças do Fórum Permanente de Cultura. Para garantir a permanência dos recursos em Poá, Gisele, Delcimar Ferreira e Barbetta, membros da sociedade civil, colaboraram voluntariamente na elaboração dos documentos. Mas se Poá não cumprir todas as exigências do Ministério da Cultura, a cidade vai perder todo o investimento, o que abrirá uma lacuna no fomento à cultura local nos próximos quatro anos.
Para Gisele, isso é preocupante tendo em vista a falta de comprometimento e respeito do governo Márcia Bin e a ineficiência de ações que deveriam ter sido fiscalizada pelos vereadores.
A única chance de não perder os recursos é o Ministério da Cultura prorrogar o prazo e o próximo prefeito se comprometer a investir em mão de obra especializada na Cultura ao invés de colocar toda a responsabilidade em uma única pessoa.
Gisele também não vislumbra perspectivas de melhorias na situação, tendo em vista a previsão da Lei Orçamentária Anual, LOA, que reduziu ainda mais os recursos para a Secretaria de Cultura.
Mesmo com esse cenário preocupante, Gisele Magalhães e o Fórum Permanente de Cultura de Poá se colocam à disposição da equipe de transição do prefeito eleito na esperança de mudar essa situação, por isso aguarda que sejam tomadas ações urgentes e decisivas. Para tanto, Gisele fez uma carta aberta à atual e à futura gestão expondo sua preocupação com a perda das verbas e a falta de uma solução. Após Gisele divulgar o problema na mídia local, a Prefeitura postou um release onde anunciou que houve uma atualização nos prazos e cronogramas da Lei Paulo Gustavo e que foram contratados parceiristas para avaliar os projetos inscritos. Segundo o secretário de Cultura, Admilson Lopes, em breve serão divulgados os projetos contemplados.