O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, festeja com orgulho ter, com a força institucional do seu país e governo, conseguido o cessar-fogo na sangrenta guerra entre Israel e o Hamas, na faixa de Gaza. Deverá comparecer ao Egito no domingo para participar da solenidade de assinatura do acordo entre as partes, visto como a chave para a volta da paz ao Oriente Médio. Em solenidade na Casa Branca, em agosto último, o governante americano declarou que, desde a sua posse, no dia 20 de janeiro, conseguiu por fim a sete guerras (Israel x Irã, Paquistão x Índia, Ruanda x República Democrática do Congo, Tailândia x Camboja, Armênia x Azerbaijão, Egito x Etiópia e Sérvia x Kosovo) que ocorriam em diferentes pontos do planeta. Isso levou à especulação de que poderia ganhar o Prêmio Nobel da Paz, como já ocorreu a outros dirigentes de diferentes países que conseguiram parar conflitos. Mas ainda não foi desta vez. A láurea desse ano foi destinada a Maria Corina Machado, líder das oposição na Venezuela, perseguida política que luta contra Nicolás Maduro, no vizinho país e também faz parte da política de direita desenvolvida por Trump.
A crônica política do continente diz que Trump, ao mesmo tempo em que poderia deflagrar a Terceira Guerra Mundial, é o governante que, devido à força do seu país (a maior economia democrática do planeta) poderá garantir a paz e evitar a ampliação de movimentos esquerdistas e radicais que ameaçam a América Latina. Espera-se que Donald Trump garanta, de alguma forma, a transição de Maduro e a posse de Edmundo Gonzalez que, segundo voz corrente, foi quem teve maior número de votos mas não obteve reconhecimento de sua vitória nas últimas eleições presidenciais. A virtual derrubada de Maduro é tida como parte do plano norte-americano de ocupação militar do mar do Caribe que, segundo a crônica, poderá se estender para outros países da região com governos de matiz esquerdista e tomados pelo crime organizado, inclusive o Brasil.
A grande expectativa brasileira sobre Donald Trump, porém, é mais ampla. Nosso País aguarda as providências do governo de Washington após a conversa Trump-Lula e o desenvolvimento das negociações bilaterais que envolvem o secretário de Estado Marco Rubio, pelo lado dos EUA, e o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo lado brasileiros. Queremos uma solução para o tarifaço e acordos para outras dificuldades que envolvem os dois países e que isso possa regularizar nossas relações. É o mínimo que devemos esperar para o Brasil depois que os EUA negociaram com dezenas de países tarifados no primeiro instante. Queremos participação justa e igualitária a todos os países e haveremos de encontrar o ponto de equilíbrio para outras dificuldades.
Se continuar buscando o equilíbrio político, social, militar e econômico mundo afora e conseguir parar a guerra Rússia x Ucrânia, Donald Trump permanecerá como forte candidato ao Nobel da Paz e a outras láureas internacionais. Entendemos, no entanto, que ele só será laureado se a sua política de relacionamento global trouxer melhores condições de vida às população e jamais desequilibre o relacionamento entre os diferentes. Governos existem para garantir a funcionalidade das nações e o bem-estar dos povos. Que, além de forçar o fim das guerras, o dirigente dos EUA tenha o jogo de cintura. Utilize sua poderosa força bélica apenas para impor respeito, mas jamais para iniciar conflitos. Se conseguir isso durante os quatro anos de mandato, restará merecedor de todas as homenagens e, principalmente, do respeito do Mundo...
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).
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