No apagar das luzes de 2024, o que a atual administração poaense deixará ao sucessor será o abandono da cidade. Poá iniciará o ano sob nova direção depois de quatro anos de retrocesso, de atraso na evolução da cidade e o tempo e os bens públicos perdidos terão que ser recuperados antes da implantação do novo plano de governo.
O Centro da cidade nunca esteve tão caótico, com sujeira, desleixo, falta de segurança e de iluminação e perda de pontos comerciais. O que mais se vê são placas de Aluga.
A Casa da Estação é o único monumento restante da criação de Poá, tanto que o ex-prefeito Carlos Roberto Marques a tombou como patrimônio histórico municipal para que sempre fosse cuidada e mantida. Mas o que acontece hoje é que a Casa está invadida por desocupados drogados, que estão morando na Casa, sem serem incomodados pela GCM, que tem entre suas funções zelar pelo patrimônio municipal.
O posto CSII, outro prédio histórico que serviu a população por décadas, foi deixado de lado e invadido. Recentemente, foi entregue a uma associação. A seu lado, a pequena escola Faria Lima está fechada, sem utilização, assim como a praça esportiva do antigo pátio da feira.
A pista de skate, que sediou campeonatos e recebeu a visita de nomes internacionais, além de preparar muitas crianças e jovens no esporte, foi invadida e depredada.
O Cantinho da Melhor Idade, que já foi referência no atendimento aos idosos, teve seu imponente prédio invadido, vandalizado e destruído em suas instalações. Agora, a cidade está gastando dois milhões e meio na reforma que a Prefeitura está fazendo.
O túnel de pedestres está uma imundície, porque nunca é limpo, com seus painéis de fotos históricas e paredes pichadas. Volta e meia está às escuras, com corrimãos roubados. O piso que diziam ser antiderrapante já está gasto e escorregadio, principalmente em dias de chuva.
O Balneário virou um elefante branco, onde tudo já foi roubado, sem nenhuma serventia, apesar do gasto astronômico de sua construção. Serviria para justificar o título de estância para Poá, mas até isso foi perdido.
A Praça de Eventos, que também custou uma fortuna em sua remodelação, está às traças, com vários problemas estruturais. Nunca mais sediou uma exposição de Orquídeas, festa que fazia parte do calendário turístico estadual e também deixou de existir nesta gestão.
Já o Cemitério da Paz está uma desolação com túmulos saqueados em seus artefatos, placas, vasos e até nas antigas imagens sacras, colocadas décadas atrás nas sepulturas e que nunca tinham sido profanadas. Lixo e mato se espalham pelas alamedas.
Quem passa pelas ruas de Poá vê monturos de entulho, móveis velhos e lixo por todo lado, como na Avenida Getúlio Vargas, em Calmon Viana, cujo canteiro central está há dias com muitos sacos de entulho, assim como ruas próximas. Por toda a cidade se vê isso.
Esta foi uma administração sem amor por Poá, sem nenhuma vontade de cuidar de Poá. Que o novo prefeito consiga fazer Poá superar essa triste página de sua história.
A Notícia Precisa
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