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Dois vereadores disputam a presidência da Câmara de Poá

Com prefeito e vereadores eleitos, a expectativa dos poaenses agora é saber quem será o presidente da Câmara Municipal para os próximos dois anos. Embora a eleição só ocorra no dia 1⁰ de janeiro de 2025, desde o resultado das eleições já estão sendo feitas reuniões e negociações para decidir qual vereador vai assumir a presidência.
O que se sabe até o momento é que um grupo de vereadores quer indicar o nome de Lucas Ferrari para a presidência. Integram esse grupo sete dos 13 vereadores: Fábio Suru, Gian Lopes, Emerson Dentinho, Welson Lopes, Renato da Padaria, Fabinho do São José e Rogerinho de Calmon. Assim, o presidente seria uma força contrária ao prefeito eleito Saulo Souza. A eleição de Ferrari interessa diretamente a Diogo Pernoca, segundo colocado na eleição para prefeito, porque vários desses nomes são ligados a ele. Com uma Câmara não alinhada com o prefeito eleito, teoricamente ficaria mais plausível ele conseguir fazer o outro presidente daqui a dois anos e ele também concorrer novamente à Prefeitura. Mas também existe a possibilidade de Lucas Ferrari querer a presidência justamente para se destacar e se lançar a prefeito.
Por sua vez, o prefeito Saulo Souza quer emplacar o nome de Rogério Matias na presidência, precisando angariar apoios. O voto será nominal, mas secreto, vencendo quem conseguir metade mais um. Como já são sete apoiando Lucas Ferrari, fica a dúvida em relação aos demais vereadores e até a expectativa se alguns dos sete que apoiam Ferrari ‘vão roer a corda’ e passar para o lado adversário.
Seja qual for o resultado, o que a população espera dessa vez é que a Câmara funcione, o que não aconteceu com a atual formação da Câmara. Tantos problemas Poá e sua população enfrentaram ao longo desses quatro anos com a total omissão dos vereadores, que não mostraram para que vieram. O que se viu foi o silêncio total diante do desmonte da cidade, e somente atos de assistencialismo e populismo para angariar votos.
Nada de fiscalizar o Executivo, nada de defender a cidade. A culpa pelo abandono de Poá não é apenas da prefeita Márcia Bin, é também dos vereadores que silenciaram e se omitiram quando deveriam ter denunciado, reclamado, questionado e defendido Poá. Não adianta um ou dois vereadores terem tentado fazer alguma coisa se a Câmara como um todo não deu a cobertura necessária. A Câmara foi omissa e conivente com todos os absurdos praticados na cidade e o que se espera é que a nova Câmara não fique também no colo do Executivo, fazendo vista grossa para desmandos.