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A Notícia Precisa

Carta renúncia ao cargo de presidente do coselho da cultura de Poá

Comunico a quem interessar que renuncio ao cargo que ocupo na Mesa Diretora do Conselho de Cultura de Poá.
Fui eleito em julho de 2025 após RENÚNCIA do Presidente Delcimar Bessa Ferreira. Esse período de quatro meses foi turbulento onde inclusive claramente sofri uma tentativa de golpe. Reuniões tumultuadas por próprios colegas da sociedade civil que questionavam toda pauta proposta. Soma-se a isso a má vontade do poder público em de fato buscar a implementação de políticas culturais efetivas em Poá.
Projeto de certificação de instituições culturais foi rejeitado de forma unânime mesmo após ter recebido a aprovação de colegas da sociedade civil dizendo que votariam favorável.
Em resumo as reuniões nos últimos meses com exceção a de outubro foram de questionamentos vazios, discursos controvérsios, de pouca produtividade beirando a nenhuma.
A gota de água que faz o balde transbordar é a clara inépcia de colegas que não conseguem minimamente se reunirem para elaborar um simples ofício para pedir informações referente aos assuntos polêmicos que circundam a Orquídea Fest. A tradicional festa das orquídeas foi totalmente desfigurada a começar pelo nome, passando pelo desrespeito às nossas artesãs, que ficaram num espaço ridículo e a parte do pavilhão de exposições José Massa, que abrigou maior número de pessoas e uma área coberta, adequada para exposição e venda de produtos.
Os artistas da cidade não receberam cachê. Enquanto os ditos de renome nacional receberam toda pompa, com ampla divulgação e cachês altíssimos.
O discurso da atual gestão tem sido de fazer por amor a cidade, porém, isso é por pura conveniência. Não foi “amor” depositado na conta bancária dos ditos artistas de renome nacional. Foi muita grana! Grana justa! Afinal, todo trabalho merece uma remuneração considerável e todo trabalhador merece ser tratado com dignidade. Dignidade, tratamento e grana essa que não foi dada aos artistas locais.
Inclusive como cidadão e artista avalio que esta consegue ser pior gestão que as anteriores. Nós não precisamos de marketing, sorrisos cínicos, precisamos de políticas públicas eficientes e estruturantes. É isso que Poá merece, que os poaenses precisam.
Esta carta não é uma desistência, não é um pedido de arrego, não é jogar a toalha. É uma tentativa entre tantas ao longo de décadas de buscar fazer o poder público municipal se sensibilizar com os poaenses, com Poá. Uma sensibilidade real, verdadeira, colocar Poá na frente de vaidades, mesquinharias. Poá tem pressa e merece mais.
Meu descontentamento é tão profundo que se o Eu de hoje pudesse voltar no tempo do Eu do passado diria: “pare de lutar pela implementação do Conselho de Cultura deu ruim lá frente” saio da presidência sem ter conseguido sequer iniciar discussão sobre implementação do Cultura Viva em Poá, tem que falado há 10 anos na cidade. Saio sem ter conseguido sobre a minha gestão ter aprovado uma simples certificação de instituições culturais que está previsto em decreto municipal e alegaram a certificação ser inconstitucional. Então tal decreto também é? Pergunta que numa reunião ficou sem resposta. A verdade é que não há compromisso com políticas culturais com P maiúsculo. Espero que repensem tal prática! De forma urgente! Porque Poá tem pressa!
Para fechar com a renúncia de Delcimar e a minha da presidência soma-se mais de 100 votos dados em dois conselheiros e se juntar todos os demais quase não passa da totalidade da nossa somatória. O que deixa claro a crise de representatividade. Fomos os dois conselheiros mais bem votados do último pleito. A estes que a mim confiaram o voto em mim. Obrigado e desculpas. E entendam esta é uma tentativa de que mudem o rumo que estão dando a Poá. Nós já tivemos gestões péssimas não precisamos de mais uma!

Maguinilson de Oliveira Silva