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Ano político sujeito a “chuvas e trovoadas”

Tomaram posse na quarta-feira (01/01), a primeira do ano, os 5568 prefeitos , eleitos nos pleitos – primeiro e segundo turnos de outubro. Eles têm agora a incumbência de governar seus municípios por quatro anos, até 31de dezembro de 2028 Vieram de uma eleição polarizada e onde os partidos de centro e direita foram mais bem sucedidos que os de esquerda, apesar desses governarem o País. O prefeito e o vereador são os políticos mais próximos do eleitor, pois, enquanto presidente da República, governador do Estado, senador e deputados (federais e estaduais) exercem suas atividade nas capitais, os titulares das Prefeituras e Câmaras Municipais têm de, obrigatoriamente, ter domicilio eleitoral e residência no município, onde convivem com o povo. Dos que tomaram posse, 2461 não são novidades pois foram reeleitos. 3006 governantes municipais apresentaram-se para cumprir o segundo mandato e 82% foram reconduzidos pelo povo, o maior índice de aprovação desde 1997, quando entrou em vigor a reeleição para cargos executivos.
Espera-se que todos – ou pelo menos a maioria dos novos governantes tenham sucesso e possam levar suas cidades ao desenvolvimento e o povo ao bem-estar. Todos terão de empreender a clássica luta pela melhor divisão do bolo dos impostos arrecadados. De tudo o que é cobrado de impostos da população, a maior parte fica com a União, a intermediária com os Estados e a menor é destinada aos municípios. É permanente a luta pelo aumento do quinhão municipal, o que pode ocorrer na transferência de recursos ou na realização de obras e serviços custeadas pelos tesouros federal ou estadual.
Concluído o processo das eleições municipais, a classe política já começa mobilização paras eleições gerais, que ocorrerão em 2026. Lula e Bolsonaro lutam para se viabilizarem como candidatos à presidência da República, governadores também estão de olho na cadeira presidencial e os pretendentes ao Senado, Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas Estaduais, já mobilizam suas bases.
Mas nesse 2025, encontramos diferenças no panorama mundial. A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos prenuncia grandes mudanças na política norte-americana, inclusive a possível interferência daquele país na vida dos parceiros ou adversários mediante ajuda ou sanções econômicas. Na Venezuela, Nicolás Maduro, que garante ter ganho as eleições, se prepara para tomar posse num terceiro mandato, mas a oposição reivindica a vitória e o resultado favorável a Maduro não é reconhecido internacionalmente. Pode haver problema, principalmente porque a Venezuela tenta dominar parte do da Guiana, aliado dos Estados Unidos e seu parceiro comercial.
Na Argentina, depois de derrotar eleitoralmente o peronismo-kirchnerismo, o governo do presidente Javier Milei festeja o sucesso de um ano de nova administração, onde o trunfo apresentado é ter controlado a inflação. Mas a Justiça argentina acaba de tomar uma medida drástica. Um juiz de Buenos Aies, detentor de status internacional, decretou a prisão de Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, acusado de irregularidades administrativas e humanitárias. Na Bolívia trava-se a luta entre os presidente Luiz Arce (que quer candidatar-se à reeleição, e Evo Morales, que quer voltar ao poder, mesmo tendo impedimentos legais para isso. Pesquisa recém-divulgada diz que mais de 80% dos bolivianos e peruanos estão insatisfeitos com o tipo de governança que há no seu pais.
E aqui, no Brasil, apesar de números favoráveis na produção econômica – principalmente no agronegócio – o País enfrenta a alta do dólar, queda das bolsas e a volta da inflação como decorrência dos gastos excessivos do governo, que não consegue conter os desencaixes. Apesar de sua experiência política, o presidente Lula não tem conseguido convencer a comunidade e a classe política a promover ajustes. O ministro Fernando Haddad tem, graves problemas a resolver. Espera-se que chegue ao ponto de equilíbrio e o faça mirando mais nos interesses da população e menos nas próximas eleições. Pensamos que o ministro deve cuidar-se para não ser usado na satisfação dos interesses puros e exckysuvos dos canddatos à reeleição. E que o eleitor preter bastante atenção no movimento dos políticos que, antes e apesar dos interesses eleitorais, têm o dever de zelar pelos interesses da população. Os que não se desincumbnirem dessa frunção, não devem merecer a reeleição. Questão de lógica…

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).