O mundo inteiro tem o olhar voltado para os Estados Unidos, onde Donald Trump, ex-presidente e atual candidato a um novo mandato na Casa Branca foi vítima de atentado. O próprio ofendido reconheceu sua sorte, declaramdo que pelo ocorrido, poderia estar morto em vez de dando entrevista. O ocorrido foi tão impactante que determinou a mudança no mote de campanha. O presidente Joe Biden – grande adversário de Trump – com ele solidarizou-se, deu ordens para reforçar a segurança e penitenciou-se por ter declarado recentemente que o oponente seria um “alvo”. No sentido inverso, a vítima revelou aos jornalistas ter rasgado o discurso que faria ao final da convenção do Partido Republicano em que é oficialmente declarado candidato. Vai falar em defesa da pacificação política. Essa mudança de ambos os pólos, ocorrendo na principal democracia e país deten tor da maior economia do mundo, é significativa e, para ser útil à humanidade, deve ser assimilada pelas demais nações, especialmente aquelas que batem no peíto dizendo-se democráticas.
Especula-se mundo afora que, vitimado pelo tiro que feriu sua orelha, Trump é franco favorito à vitoria no pleito presidência, como teria sido Jair Bolsonaro, aqui no Brasil, quando teve o ventre furado pela faça do agressor Adélio Bispo. É cedo para falar em vitória, mas a mudança de tendência não é impossível. Tudo vai depender dos apoios que Trump atrair e manter até a votação e de como Biden vai sair-se dentro do seu próprio partido (o Democrata), onde correntes adversárias lutam pela sua renúncia ao direito de concorrer à reeleição.
Independente do nível cultural de cada país, lá nos Estados Unidos, o polêmico Donald Trump – que perdeu a eleição de 2020 para Biden – foi severamente perseguido ao longo dos últimos anos por setores que conseguiram até condená-lo judicialmente e ainda movem processos com o objetivo de alijá-lo do processo sucessório. Mas a própria Justiça o imunizoum encontrando inconsistências nas denúncias e até na tramitação dos processos. É algo semelhante ao que ocorre, aqui no Brasil, com Jair Bolsonaro, de quem os adversários conseguiram a declaração de inelegibilidade e tentam colocá-lo na prisão. São tantas denunciar que, como ocorreu com Trump e até com Lula, de repente tornam-se inconsistentes e mudam tu do. No desenlace de Dilma Rousseff, Lula foi levado à prisão e, 580 dias depois, liberto, reabilitado e eleito para o terceiro mandato presidencial. São decisões incomuns que, se validadas, não cabe a nós, do povo, questioná-las, pois decididas pelas instâncias de poder competente para tanto. O julgamento popular é apenas um: votar ou não votar naquele que nos pede o voto…
Com a autoridade de povo que vota, o que nos cabe deplorar é a insana polarização política, onde os oponentes comportam-se como figadais inimigos, quando deveriam ser apenas adversários na empreitada política. Toda vez que um político ou partido consegue prejudicar o seu adversário, configura-se o retrocesso da sociedade. Todo indivíduo que se aventura na política e tem alguma aceitação, é alguém útil ao conjunto da população e deveria ser respeitado como tal. Não há porque tentar retirá-lo do processo por meios que não os do voto. Quando isso acontece, a segurança padece e fica à prêmio a cabeça tanto dos líderes políticos como daqueles que o cercam. No último sábado, quase que Trump foi abrupta mente alijado da vida e pelo menos um seguidor seu foi abatido por alguém que, talvez insuflado e até sem uma causa concreta, resolveu eliminá-lo.
Vale atentar para a resposta dada pelo esquema de segurança do candidato presidencial norteamericano. Ato continuou ao disparo contra o político, o jovem atirador foi abatido e, só depois disso, é que as investigações são realizadas para a identificação de suas motivações. Muito diferente do ocorrido em 2018, em Juiz de Fora (MG), onde o agressor do candidato Bolsonaro foi preso, surgiram advogados caros com o objetico de defendê-lo e até hoje – seis anos depois – ainda não foram respondidas perguntas básicas sobre o ocorrido tais como quem teria agendado sua entrada no Congresso Nacional para onde deveria ir não fosse detido após o cirem e sobre os possiveis mandantes. Não defendemos a solução radical do abate, mas esse trecho da história política recente de nosso País permanece obscuro e – o pior – o método não foi revelado e, a qualquer instante, poderá fazer mais vítimas tanto no lado dos incautos agressores quanto das autoridades e lideranças políticas cuja liquidação possa interessar aos sanguinários adversários.
Que a guinada comportamental causada pelo atentado nos Estados Unidos sirva de exemplo aos demais países em bestial polarização política, inclusive o nosso Brasil…
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
tenentedirceu@terra.com.br
Você também pode gostar
Antonia Frering celebra sucesso com lançamento do livro em São Paulo
Ficar doente nos Estados Unidos pode custar mais caro que uma passagem aérea
Lançamentos da Leatt são boas sugestões de presentes de Natal para os amantes deMountain Bike e de Motos Adventure e Off Road