A precariedade da segurança pública incomoda a população, que raramente tem suas demandas atendidas: nunca há viatura disponível, ninguém aparece e as críticas à polícia se intensificam. Por seu lado, representantes da Polícia Militar de São Paulo têm seus argumentos. Embora o salário-base da PM paulista não seja o menor do país, o consenso é que o policial é mal pago diante da responsabilidade de sua função e das exigências para sua capacitação.
Para dirigir uma viatura, por exemplo, além da habilitação, o policial precisa ser habilitado de novo dentro da PM, com práticas de atendimento de ocorrência em emergência e direção defensiva. Em cada área de atuação, seja terra, ar, água, passa por rigoroso treinamento e testes que exigem preparo moral, físico, mental e psicológico para enfrentar as situações mais adversas.
Mas, como todas as pessoas, o policial tem que sustentar sua casa, arcando com despesas de alimentação, roupas, transporte, contas e, muitas vezes, seu salário é insuficiente, obrigando a pedir empréstimos absurdos que duram quase toda a carreira. Todas essas dificuldades desmotivam o policial, com que ânimo ele vai arriscar sua vida com a conta no vermelho no banco?
Esse é um problema real que os policiais enfrentam, por isso, a corporação gostaria que a sociedade apoiasse a classe para que o governo estadual valorize os policiais pagando salários melhores e mais justos por sua função na segurança pública. O Estado também deveria primar mais pela qualidade do que quantidade, porque o que adianta todos os anos colocar na rua milhares de soldados se os salários são baixos, sem nenhum incentivo para trabalhar?
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