O Hamas libertou hoje os últimos reféns da guerra travada com Israel. Eles passaram 738 dias em cativeiro, sofrendo todas as agruras do conflito, inclusive morte de companheiros. Dentro do acordo patrocinado pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, Israel já libertou 2 mil prisioneiros palestinos nos últimos dias. Todos voltam para casa – nas zonas que não foram transformadas em áreas de exclusão – para enfrentar a destruição e reconstruir o que for possível e viável.
Trump desembarcou em Israel na noite de ontem (domingo) e, junto com o líder do Egito Abdel Fattah al Sissi – que participou das negociações de paz – vai presidir a cúpula pela paz em Gaza. Ao chegar, declarou: “a guerra acabou”. Os dois lados do conflito deverão ser ajudados a recompor a estabilidade regional e a criar boas condições ao relacionamento dos países da área com o restante do mundo. O presidente americano agora seguirá empenhado em convencer seu colega russo, Vladimir Putin, a encerrar o conflito com a Ucrânia. Da mesma forma que continuará sua cruzada pela estabilidade política da América Latina – especialmente a Venezuela – que hoje é cercada por embarcações militares e tropas norte-americanas e, se não houver outra solução, poderá ser ocupada.
Apesar de não ter ganho o Prêmio Nobel da Paz – vencido pela opositora venezuelana Maria Corina Machado, o presidente dos EUA tem uma árdua tarefa pela frente. Busca equilíbrio do seu país com a política econômica da China, usa a chave tarifária para enfrentar a política econômica dos pelo menos 180 países com que comercia e ainda tem questões mais intrincadas, como as divergências ideológicas e sociais com diferentes países, inclusive o Brasil. O mundo espera que o peso da maior economia do planeta seja suficiente para conseguir bons acordos e finalmente todos possam desfrutar de melhores condições de vida.
Brasil espera que Trump (representado por Marco Rubio) e Lula (nas ações de Geraldo Alckmin, Mauro Vieira e Fernando Haddad) cheguem ao melhor entendimento e este favoreça tanto brasileiros quanto norte-americanos. Que a estabilidade auferida seja capaz de criar forças aos grupos políticos locais para, em vez da polarização e retaliação, atuarem pela paz e desenvolvimento. É preciso compreender que todo político, independente de sua bandeira ideológica, pode fazer muito bem para seu país quando trabalha no pólo positivo.
O cidadão comum tem apenas um desejo: que seu país vá bem e isso reflita em melhores condições de vida à população. Todo político, pela natureza de sua formação e atividade, tem condições de trabalhar nesse sentido, seja ele de direita, centro ou esquerda. O dia-a-dia do trabalho – principalmente do governante – é que deve decidir qual a bandeira ideológica ele deve empunhar. Evidente que deve ser aquela que mais favoreça ao seu governo e aos governados. O ideal é que todos os países do mundo, cada um dentro de sua história e interesses, se respeitem e atuem economicamente da forma mais pacífica e aproveitável. Que os governantes atuais tenham maturidade suficiente para conviver dentro de suas possibilidade e no interesse geral, sem que os mais fortes tenham de exercer pressões indevidas ou recorrerem à guerra, o mais injusto e insólito procedimento que, no atual nível tecnológico de nosso planeta, se for tão violentas quanto a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, poderão dizimar toda a humanidade. Que a Terceira Guerra Mundial jamais seja deflagrada…
Tenente e Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).
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