Na semana passada, a Câmara Municipal de Poá realizou uma sessão de entrega de Título de Cidadão Poaense, que mostrou como os vereadores transformaram a maior honraria da cidade em algo banal. A começar pelo convite, mal feito, vago, sem citar o nome do homenageado. Tal convite não foi enviado à imprensa, pois a Câmara acha que não é necessária divulgação pela mídia, já que os assessores dos vereadores ficam de tietagem nas redes sociais tentando se passar por profissionais da comunicação e a Câmara se dá por satisfeita.
O Título de Cidadão Poaense foi criado para ser concedido a pessoas não nascidas em Poá, mas que, ao longo de sua vida, realizaram um trabalho tão importante e marcante para a cidade, que nada mais justo receberem agradecimento e reconhecimento pelas décadas de trabalho em prol da sociedade poaense. Só para ilustrar como exemplo, caso do senhor Lorehy Novazzi, que abrigou, cuidou, orientou e preparou milhares de crianças e jovens no Abrigo Batuíra.
Por muito tempo, o Título de Cidadão Poaense foi realmente entregue a pessoas com longa contribuição à cidade em sessões solenes, com cerimonial, discursos, recepção aos presentes, geralmente nos festejos de aniversário da cidade. Mas Títulos eram raros, justamente para valorizar o homenageado. Receber o Título de Cidadão Poaense era uma honra reservada a poucos.
Só que a Câmara de Poá resolveu retirar do Título o critério de merecimento e o transformou em uma ferramenta de captação de votos. Em sessões rápidas e esvaziadas, passou a entregar Títulos de baciada. Talvez por isso a Câmara não queira a presença da imprensa.
E isso aconteceu na sessão da semana passada, quando não foi apenas um homenageado, e sim, dez, numa verdadeira banalização da mais importante honraria da cidade. E tudo indica que essa prática vai continuar, tirando a importância do Título para quem o recebe. Os dez homenageados foram Edson Rodrigues, Jair da Silva Lapa, Diego Moreira, Fernando de Freitas, Márcio Alvino, André do Prado, Rodrigo Ashiuchi, Jair José da Silva, Roberta Borges de Mello e Maria Emília da Rocha Arcanjo.
A Notícia Precisa
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