13 de janeiro de 2024
*Edison Farah
Pronto, acabou o sossego das tardes de sábado, pois a patota do Renatão abriu 2024 estilo piscinão de Ramos. Música alta, de gosto duvidoso, repetitiva, em dia de chuva, nublado, com a piscina cheia. Ramos é pouco. Claro que esses sequelados organizadores do “evento” têm todos os alvarás necessários para fazer isso. Lógico. Podemos começar com o Ministério Público e com o PSIU. Tenho certeza de que se fizessem na casa da mãe deles, se é que têm/conhecem, essa palhaçada não duraria 15 minutos. Mas enfim, os modernosos retrofiteiros resolveram “abrilhantar o pedaço” com seu “enriquecimento cultural” sonoro. Eu proponho à vizinhança uma ação coletiva. Mas tem que ter bastante multa no meio. Um vizinho já enviou uma notificação extrajudicial, mas os iluminados, sempre acima da lei e da ordem, que outorgaram ao local o título de centro cultural, residencial, gastronômico, só faltou o chato de música alta, não deram a mínima. Bem, se a extrajudicial não funcionou, tem que ser a judicial mesmo. @planta.inc @metroarquitetos @martincorullon @cedroni @guilblanche @tabashomes
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NOTA: Esse evento barulhento fica na Rua Araújo em frente à Praça Darcy Penteado, Copan, Cabaré Love.
Texto escrito pelo Jornalista Odair Dell Pozzo que mora na Rua Major Sertório em frente a esse evento barulhento.
O lamentável é a incivilidade que acaba permeando tudo.
Nosso problema básico é sermos um povo selvagem.
O desrespeito aos direitos coletivos é regra em todas as classes sociais.
O abuso do som é só mais um exemplo perfeito disso.
E assim, nos tornamos, diuturnamente, mais e mais selvagens.
Como diagnostiquei há muitos anos atrás : “São Paulo não é mais uma urbe.
Transformou-se num acampamento.
UM ACAMPAMENTO DE DESESPERADOS
Triste!
Desde a criação dos CONSEGs, do que fui um dos artífices no governo de Franco Montoro, 1983-1986, ficou patente em todos os distritos policiais da cidade de São Paulo em que foram instalados, que 90 % dos problemas apresentados pela comunidade, pela população, se devem à questões da gerência municipal.
Constatei isso pessoalmente como presidente por 6 anos do CONSEG Consolação, início deste século.
A anomia da prefeitura de São Paulo ao não impor com firmeza as posturas municipais, que regem desde o domínio do espaços públicos, as normas das edificações, o regramento do comércio, bares, restaurantes, atividades artísticas, sossego público, silêncio, ordem nos logradouros públicos, é definitivamente a causa de todo o horror que se vive em Sampa.
E da prevalência da criminalidade, pois quando o espaço público não é ocupado pela população de forma ordenada, o crime o ocupa facilmente.
Esta é a questão.
Enquanto não tivermos em São Paulo um político estadista de verdade, no Executivo Municipal, não haverá solução.
Não tenhamos ilusão que com a choradeira nas redes sociais vamos chegar à civilização que perdemos, sistematicamente, nos últimos 30 anos.
- Economista, tributarista, ambientalista, e jornalista
Presidente do Bairro Vivo-Instituto de Desenvolvimento Urbano e Social
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