A difícil missão de informar

Em 2024, o jornal Novo São Paulo vai completar 30 anos de existência. São três décadas informando, noticiando e acompanhando a vida de Poá e cidades vizinhas. Além de manter a população informada e atualizada, o jornal presta um serviço de utilidade pública à população, que sempre entra em contato em busca de endereços e orientações, o que mostra a credibilidade que o jornal possui.
Mas o jornal ainda faz mais, ele documenta a história da cidade, um serviço precioso que não tem dinheiro que pague. Por isso, o jornal recebe com consternação a atitude, tanto do poder público como de empresários e comerciantes, de não prestigiar o trabalho realizado a duras penas pelo jornal.
Embora a lei determine que prefeitura tenha que divulgar seus atos, isso não acontece em Poá. Quando é feito, é através de um jornal de outra cidade, pois para a Prefeitura um jornal só merece anúncio se vier em forma de confete.
Da parte de comerciantes e empresários, o apoio também é zero, ficam reticentes em fazer um pequeno anúncio. Por ser independente, o jornal vive exclusivamente de publicidade, o que é considerado despesa quando, na verdade, é um investimento que dá retorno e pode ser abatido no imposto de renda.
Subestimam o valor da publicidade, ao contrário de grandes empresas mundiais, como Coca-Cola e McDonald’s que, mesmo não precisando, investem pesado em publicidade para fixar sempre a marca.
Aqui, comerciantes e empresários só dão valor ao jornal quando alguma coisa errada acontece com suas empresas e sentem na pele a força de uma notícia. O jornal precisa sobreviver, investe por conta própria para pagar gráfica, salários, combustível, veículo, contas fixas. Faz isso para que a cidade tenha um jornal, porque o jornal é da cidade.
Nesta época de Natal, quando sempre é feita uma edição especial, comerciantes e empresários poderiam contribuir ao invés de adotar uma posição retrógrada, onde quem perde é a cidade.