Iniciativa faz parte do 1º Fórum Internacional de Educação dos Municípios do Alto Tietê, que terá mais três encontros virtuais
As “Políticas Públicas Educacionais e os Direitos da Infância” pautaram o debate com professores da rede municipal da região no segundo encontro virtual do 1º Fórum Internacional de Educação dos Municípios do Alto Tietê, realizado na noite da última quarta-feira (09/09). Organizado como espaço de formação, troca de experiências e fortalecimento do trabalho educacional, o evento terá mais três videoconferências com a temática “Educação Infantil: Desafios e perspectivas em tempos de pandemia”, programadas para os próximos dias 16, 23 e 30, numa promoção do CONDEMAT – Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê.
O debate ontem partiu das contribuições apresentadas pelos educadores Alexsandro Santos, diretor-presidente da Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo, e Marcela Pardo, antropóloga e coordenadora da área de Educação Inicial do Centro de Pesquisa Avançada em Educação da Universidade do Chile.
“Há 30 anos tivemos um grande avanço com o Estatuto da Criança e do Adolescente, mas ainda hoje o Brasil não conseguiu que ele seja vivenciado plenamente. A classe, a cor de pele e a localidade ainda limitam o acesso de todos aos direitos da infância, quando cuidar, proteger e educar todas as crianças é cuidar, proteger e educar a humanidade”, ressaltou Santos.
Para o palestrante, as políticas educacionais para honrar as crianças precisam atender a quatro pilares: intersetorialidade, territorialidade, gestão democrática e corresponsabilização. “Só boas intenções não materializam a política pública. É preciso que o compromisso ético e político com a garantia efetiva dos direitos da infância seja coordenado com competência técnica e pedagógica”, afirmou Santos.
Convidada internacional, a educadora Marcela Pardo apresentou um balanço dos impactos da pandemia no Chile, que é o sétimo país com mais mortos pela Covid-19 e onde as aulas presenciais nas escolas foram suspensas 10 dias após o início do ano letivo.
“Diversas iniciativas foram desenvolvidas para a realização de atividades educacionais de forma remota, principalmente para sustentar a educação de crianças de zero a cinco anos. Mas uma das reflexões já possíveis é que a educação remota não é suficiente porque crianças pequenas aprendem mediante a experiência direta com o entorno”, concluiu Marcela.
Na próxima quarta-feira, a terceira sessão o 1º Fórum Internacional dos Municípios do Alto Tietê vai abordar o tema “Como a pandemia rem afetado as crianças e como os educadores devem se preparar”, com a participação dos educadores Fernando Mazzilli Louzada e Márcia Gil.
A iniciativa reúne mais de seis mil professores das secretarias municipais de Educação de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano, com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado de São Paulo (UNDIME-SP), Itaú Social, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Lemann, Fundação Santillana, Fundação Vanzolini, Fundação SM, Movimento pela Base Nacional Comum Curricular e Universidade Nove de Julho (Uninove).
Leave a Reply