Com pandemia e quarentena forçada, clube deixará de arrecadar aproximadamente 30% do orçamento previsto para este ano
A pandemia de Covid-19 provocou mudanças drásticas em vários setores e o Clube de Campo de Mogi das Cruzes (CCMC) não passou ileso por esta situação. Com o decreto de quarentena imposto desde março, obrigando o clube a fechar suas portas para qualquer atividade por quatro meses, a queda nas receitas foi marcante. O clube arrecadou 50% menos por mês do que era previsto no início do ano.
O orçamento de 2020 aprovado pelo Conselho Deliberativo registrou queda de aproximadamente 30%, segundo Rogério Nabarretti, diretor do Departamento Administrativo do clube. “Nossas perdas podem chegar a R$ 3,5 milhões com o fechamento do clube, ocasionadas por vários fatores, como a inadimplência dos sócios, o corte de investimento de patrocinadores e, o mais impactante, a não realização de eventos sociais e culturais, afinal de contas os salões não podiam ser alugados e não era permitida a aglomeração de pessoas”, frisou.
Ele destacou como fatores principais da perda de receitas o cancelamento da tradicional Festa Junina no CCMC e dos eventos programados para o aniversário do clube, que seria celebrado em agosto, e que agora será de uma forma jamais imaginada, não presencial. “Realmente passamos por um momento delicado e agora vamos retomar o trabalho de buscar receitas e colocar um novo orçamento para ser aprovado pelo Conselho Deliberativo porque o atual não tem mais qualquer razão de existir por conta da pandemia de Covid-19”, frisou Nabarretti.
Ele frisou ainda que, ao longo deste período, a Diretoria Executiva fez reuniões virtuais quase que diariamente para definir as ações a serem tomadas e o resultado foi o fechamento do segundo trimestre e, consequentemente do semestre, sem nenhum prejuízo ao patrimônio do associado, mantendo as finanças totalmente saudáveis nos parâmetros pré-pandemia.
Entre as ações que o clube tomou para reduzir este impacto no caixa estão a implantação do Drive-Thru, que possibilitou aos sócios efetuarem o pagamento da taxas com segurança; os planos de redução e parcelamento das taxas de manutenção oferecidos aos sócios, inclusive até por meio do cartão de crédito, que foi uma novidade no clube; e a suspensão de contratos de prestadores de serviços, entre outras medidas.
Nabarretti também destacou que o Clube de Campo utilizou todos os recursos oferecidos pelo decreto do governo, como antecipação de férias, suspensão de contratos, banco de horas e postergação dos encargos com o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “Desta forma, garantimos os postos de trabalho de todos os nossos colaboradores. Fomos um dos poucos clubes do Estado de São Paulo que não demitiu funcionários”, explicou.
Ele acredita que agora, com esta pequena reabertura, os sócios voltarão às atividades, com algumas restrições, mas retornam à vida do clube. “Estamos trabalhando para nos recuperar da melhor forma possível, sempre pensando no associado como nosso principal parceiro neste processo”, afirmou Nabarretti.
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