Em carta aberta ao cantor Gusttavo Lima e artistas, SBP pede adequação do conteúdo de lives ao público infantojuvenil

Nesta sexta-feira (17), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou uma carta pública destinada ao cantor sertanejo Gusttavo Lima e a todos os artistas do Brasil. No texto, a entidade ressalta a missão e responsabilidade social dos ídolos nacionais de influenciar a população, especialmente crianças e adolescentes, com atitudes positivas. Na avaliação da SBP, a reprodução de condutas inadequadas e prejudiciais à saúde é bastante perigosa, uma vez que a tendência do público é naturalizar e reproduzir o comportamento dos artistas que possuem ampla notoriedade.

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Conforme destaca a carta, as ações praticadas por celebridades de renome muitas vezes são idealizadas e entendidas como parâmetro a ser seguido. Por isso, a SBP pede que produtores de conteúdo (cantores, atores, músicos, escritores, atletas, entre outros) estejam atentos à reprodução de práticas danosas à saúde, sobretudo o consumo de álcool e tabaco durante suas apresentações ao vivo.

“Ultimamente, os pediatras estão cada vez mais preocupados com o aumento do interesse dos jovens pelo álcool. Quando esse mau hábito começa cedo, os efeitos são devastadores: doenças surgem, problemas emocionais se acentuam e o futuro se torna uma zona cinzenta, com repercussões na relação de cada um deles com a família, a escola e o trabalho”, reforça o documento.

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA – A publicação afirma ainda que o papel de zelar pelo bem-estar de crianças e adolescentes também é responsabilidade das plataformas de comunicação digital (YouTube, Instagram, Facebook e outros). Segundo o texto, essas empresas precisam assumir o dever social de indicar ao público em geral para qual faixa etária cada conteúdo audiovisual é destinado, seja ele em formato ao vivo ou não.

Além disso, os especialistas da infância e adolescência reafirmam a necessidade cada vez maior dos pais e responsáveis se manterem vigilantes, mediando o acesso de seus filhos aos conteúdos disponíveis, especialmente na internet. “Cabe aos pais permitir o acesso das crianças àquilo que eles julgam pertinente ou não e orientar sobre as consequências de condutas inadequadas”.

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