Técnicos buscam ação integrada para avanço no mapeamento de áreas usadas no descarte irregular e para o reaproveitamento de materiais
Gestores técnicos da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) e do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (CONDEMAT) participaram nessa semana de uma reunião para discutir ações integradas para coibir o descarte irregular e estimular o reaproveitamento dos resíduos da construção civil (RCC). O encontro virtual contou também com a participação de representantes da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon).
O foco no RCC é o desdobramento dos trabalhos iniciados pelo CONDEMAT em 2017, quando foi assinado o primeiro acordo de cooperação com o Estado para elaboração do Plano Regional de Resíduos Sólidos. Além do atendimento da legislação nacional e da questão econômica, a destinação correta dos resíduos tem um apelo extra na região, que é produtora de água e possui uma das maiores reservas de mata atlântica do Estado.
A solução para os resíduos sólidos urbanos avançou com a inclusão dos municípios do CONDEMAT no plano contratado pela Fundação Agência de Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (FABHAT) e que está em elaboração. Agora a região, em parceria com a SIMA, estuda alternativas para o RCC também.
Dados da Abrecon estimam uma movimentação diária de seis mil caçambas de resíduos da construção na Região Metropolitana de São Paulo, o que inclui a maioria das cidades do Alto Tietê.
“O descarte irregular é o ponto nevrálgico na questão dos resíduos da construção civil e estamos somando esforços para combater isso”, pontuou o coordenador-executivo do Comitê de Integração de Resíduos Sólidos (CIRS) da SIMA, José Valverde Filho. “Nosso foco é a regionalização e estamos, com o CONDEMAT, trabalhando em um projeto de monitoramento e fiscalização integrada que possa servir de referência para as outras regiões do Estado”, acrescentou o coordenador do CIRS, Ivan Mello.
As ações no CONDEMAT estão concentradas na Câmara Técnica de Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, que conta com representantes de todos os municípios integrantes. O projeto em discussão tem várias frentes, que vão desde o diagnóstico até o treinamento das equipes de fiscalização com o uso de monitoramento por satélite.
“Temos trabalhado de forma integrada todas as ações ambientais no Alto Tietê e não está sendo diferente com os resíduos. Avançamos para uma solução nos resíduos urbanos e trabalhamos agora com os resíduos da construção civil, na busca de alternativas para coibir o descarte irregular e estimular o reaproveitamento dos materiais em todas as cidades”, ressaltou Daniel Teixeira de Lima, coordenador da Câmara Técnica de Gestão Ambiental.
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