Secretária de Educação contradiz revista do governo e confirma precariedade do setor

Sabatinada na Câmara a pedido do vereador Renato Caroba (PT), a titular da pasta, Priscila Sidorco, considerou normal problemas que atingem a área educacional da cidade

A secretária de Educação de Arujá, Priscila Sidorco, considerou normal a precariedade da estrutura de muitos prédios escolares, confirmou problemas enfrentados pelo setor educacional de Arujá, mas garantiu que tudo acontece conforme o planejamento da pasta. As informações foram passadas por ela em sua convocação à Câmara a pedido do vereador Renato Caroba (PT), na quinta-feira (12 de março).

A falta de manutenção das escolas foi o assunto mais abordado pelos parlamentares presentes. A secretária garantiu que muitas unidades passaram por reforma, mas que é preciso refazer alguns reparos.

“Com essa afirmação, fica claro que os serviços executados foram mal feitos e o recurso da educação está sendo mal administrado. Como acompanhamos, este ano a volta às aulas tive de ser adiada por conta da precariedade de muitas escolas, que não ofereciam o mínimo de estrutura para receber os estudantes. Essa realidade confronta com a retratada pelo governo na publicação de 36 páginas que distribuiu na cidade”, destacou Caroba.

A questão da fila de espera para ingressar nas creches da cidade foi outra informação contestada. A secretária destacou que a oferta foi ampliada e o número de espera de cerca de 400 vagas foi diminuído. A publicação do governo afirma que foram criadas 500 novas vagas. “Isso significa que o déficit foi zerado e não há mais crianças fora das creches?”, questionou Caroba, que continuou sem respostas.

O parlamentar chamou atenção para a folha de pagamento da empresa Asservo Multisserviços, contratada para dar suporte à pasta. Segundo ele, o que mais causa espanto são os salários dos profissionais contratados, conforme enumerou. Entre os cargos citados pelo vereador estão o de dois ajudantes com vencimentos de R$ 15 mil, ou seja, R$ 7,5 mil cada; engenheiro civil a R$ 28 mil; pedreiro e pintor a R$ 8 mil; eletricista a R$ 10 mil; motorista a R$ 7,8 mil; encarregado a R$ 8 mil; e serralheiro a R$ 8,7 mil.

“A secretária tentou justificar os valores dizendo que já previam os encargos e outras despesas, mas sabemos que tudo não se passa de uma desculpa para disfarçar as cifras tão exorbitantes. Em nenhum lugar se contrata um engenheiro e diz que seu salário prevê gastos com andaimes e outros materiais utilizados no exercício da função. No mais, o discurso da secretária é exatamente o mesmo dos anos anteriores. Portanto, não dá para saber como é que a Educação progrediu”, avaliou.

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